Curiosidades sobre Jim Morrison
Eu demorei para escrever esse texto. Nem preciso dizer que de todas as vozes que já passaram por nosso mundo, a dele é a minha favorita. E também não preciso dizer que junto com Led Zeppelin, The Doors está no posto de minhas bandas favoritas ever! Se quiser me ver feliz, basta colocar The Doors ou Led Zeppelin para tocar. Janis Joplin e Jimi Hendrix também conseguem provocar essa mesma onda de felicidade.
Penso em escrever sobre o Jim há séculos, mas nunca tive coragem de colocar aqui uma lista sobre o que ele fez, deixou de fazer, sobre o que ele foi ou deixou de ser. Mesma coragem que me falta para assistir ao filme dele. Lembro-me de quando fui ao túmulo dele, no cemitério de Père-Lachaise, em Paris. Antes de chegar, eu estava nervosa, com o coração batendo forte, como se eu estivesse indo me encontrar com ele mesmo. E quando encontrei o túmulo dele, saber que ele estava ali, foi uma emoção forte e chorei mesmo, confesso. Acho que de todos meus ídolos, ele é o mais complicado de explicar os sentimentos, pois são muito loucos.
Jim teve uma vida breve. Aos 27 nos deixou e levou consigo toda sua genialidade, toda sua alegria e carisma. Levou seu talento e sua voz perfeita. Viveu com intensidade, como todos os artistas viscerais da época. Amava estar no palco, tinha muita coisa incompreendida e tinha um exército de mulheres loucas por ele. Ele era a alma da banda The Doors. Estão preparados para uma lista de curiosidades sobre nosso querido e saudoso Jim Morrison?
– Jim Morrison nasceu no ia 08 de dezembro de 1943, em Melbourne, no estado americano da Flórida. Morreu no dia 03 de julho de 1971, em Paris. Por isso seu corpo está enterrado na capital francesa. Seu verdadeiro nome era James Douglas Morrison.
– A causa de sua morte ainda é um mistério. Muitos dizem que foi overdose de heroína, outros dizem que ele tomou remédios, e outros dizem que foi proposital. A verdade é que ninguém sabe o que levou a morte de Jim, pois não houve autópsia em seu corpo. Só se sabe que ele era sim um dependente químico (principalmente de álcool) e que isso cresceu consideravelmente com o sucesso da banda. Aquela velha e clássica história do artista que não consegue viver no mundo real e precisa de escapes para suportar essa realidade.
– Se existe um adjetivo para definir melhor o Jim, essa palavra é selvagem. Ele era um selvagem nas palavras, nas músicas, nas poesias, nos palcos. Ele não se importava com muita coisa e não tinha muito limite. Muitas vezes, ele improvisava no palco, inventando ali na hora alguma coisa de sua cabeça, enquanto a banda tocava. Aliás, ele foi o autor de muitas músicas e de muitos sucessos da banda.
– Como todo artista, Jim era extremamente sensível. Ele relatava com detalhes e com intensidade, um fato que ocorreu quando ele tinha apenas 4 anos e pela primeira vez na vida, se deparou com a morte. Ele dizia que estava em uma estrada com seus pais e avós, quando um caminhão cheio de índios se chocou contra um carro. Ele relata que alguns desses índios já estava mortos e os outros, sem entender nada, estavam machucados e que havia sangue por todos os lados. Aos 4 anos, ele achava que aquele sangue era tinta vermelha e não conseguia entender o que havia acontecido. Mas ele sentia a vibração das pessoas e isso o afetou diretamente. Com tudo aquilo, ele disse que foi a primeira vez na vida que ele sentiu medo.
– Seus pais, Clara e George Morrison, negavam que essa história tinha de fato acontecido. Mas Jim dizia que seus pais afirmavam que aquilo tudo era um pesadelo, para que ele não sentisse medo ou tivesse algum tipo de trauma. Bom, outra história que não temos como ter certeza de que realmente aconteceu.
– Você sabia que Jim Morrison se formou em cinema pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)? Pois é. Durante essa época da faculdade ele já era meio rebelde sem causa, dormindo em sofás, telhados, devorando os livros… Não sabemos o que ele queria provar, mas essas atitudes tinham tudo a ver com a personalidade livre e selvagem do cantor.
– Ler era um dos hobbies favoritos de nosso querido Jim Morrison. A leitura o acompanhou por toda sua vida, desde sua infância. Ele adorava ler e já na adolescência, colecionava diversos títulos de grandes livros que já havia lido. E ele também era um poeta. Escreveu e publicou dois livros de poesia. Se chamavam The Lords e The New Creatures.
– Sim. Jim Morrison era um poeta. Um sonhador. Um cara tranquilo e calmo, mais calmo do que todos poderiam achar. Bem diferente do cara que todos viam no palco. Na intimidade e com seus amigos, Jim era um cara pacato, que gostava de escutar as pessoas e o mundo, falava pouco, gostava de fechar os olhos e pensar, sonhar. Mais sensível do que muita gente poderia imaginar.
– O QI de Jim Morrison era bem alto. Algo em torno de 150. Então, não estamos exagerando quando falamos que ele era realmente um gênio.
– Na lápide de Jim Morrison está escrito “Kawa Ton Aaimona Eaytoy”, que é uma inscrição em grego que significa “Queime seus demônios interiores”. Imagina a quantidade de demônios interiores que ele possuía. Imagina como era para ele, lidar com tudo isso. Quanto mais conheço sobre Jim, mais eu o entendo.
– Jim Morrison tinha um vício que o tirava do eixo muitas vezes. O alcoolismo. Jim Morrison era alcoólatra e a maioria dos problemas que teve com polícia, foi por causa disso. Ele deixava isso muito claro em suas letras, como “Roadhouse Blues” e “Whisky bar”. Por isso muita gente levanta a sobrancelha quando falam que ele pode ter morrido decorrente de uma overdose de heroína. Não era o estilo dele usar isso, pois ele gostava mesmo era de álcool.
Jim era um cara que exalava arte. Ele era 100% artista e como todos que nasceram com esse dom tão forte, era difícil aceitar a vida como ela era, aceitar a rotina. Ele bem que tentou, se agarrou ao alcoolismo (como mencionei acima) porém essa arte foi mais forte que ele e acabou levando nosso Jim Morrison para outras dimensões. Mas ele sempre será esse artista maravilhoso e tão peculiar, tão marcante.
É difícil encontrar muitas coisas sobre ele, sobre sua vida e como viveu Jim Morrison. Mas eu sei aqui dentro que ele era um cara genial, uma alma boa que olhava para todos com muito carinho. Ele realmente era um ser especial e seu temperamento instável (mesmo que tranquilo) o fazia sofrer demais. Sofreu tanto, que decidiu engolir tudo isso e simplesmente ignorar sua verdadeira essência quando estava chegando ao final. Enfim, sua alma se libertou e ele foi curtir sua liberdade em outro plano. Ele faz muita falta.
Vou te amar para sempre, Jim!
Julio Oliveira -
Lindo, Magico e instavel o solidificado em nossas vidas.
Meu musico favorito tbm.
Lizardman live <3
Talita Bortolussi -
Ele vai viver para sempre na vida das pessoas que foram tocadas por sua arte.
Edson Costa -
Parabéns pela coragem. Escrever sobre Jim Morrison não é tarefa fácil. Talvez todas as palavras sejam poucas para expressar a genialidade de um verdadeiro artista. Sim, Led Zeppelin pode ser a melhor banda de todos os tempos mas The Doors é a que mais toca a alma! Parabéns pelo blog , bem criativo. Bons sons e bons sonhos nesta louca vida!??
Talita Bortolussi -
Edson, muito obrigada pelas palavras. Realmente, escrever sobre esse cara foi difícil. Mexe com muita coisa que a gente nem imagina que tem. Obrigada pela visita, volte sempre aqui. O blog sempre tem textos novos. Muito obrigada novamente.
Beijos e bons sons para todos nós!
Fabio Brito -
Talita parabéns pelo excelente texto, acho que o Jim ficaria orgulhoso de como vc conseguiu captar sua essência e a mensagem que ele tentou passar lindamente. Sim Jim era um poeta e um artista excepcional. Realmente nos faz muita falta, tive a oportunidade de conhecer seu túmulo no Pere Lachaise e tbm fiquei tocado. Parecia que ele estava ali na minha frente pedindo para acender seu fogo. Muito legal o blog tbm, Sucesso sempre.
Talita Bortolussi -
Fábio, muito obrigada pelas suas palavras. Fico feliz só de ler que o querido Jim ficaria orgulhoso. rsrs
Ele realmente mexe com todos nós que sentimos um pouco de como ele sentia e entendemos um mínimo do que ele queria passar.
O cara era foda demais rsrs
Obrigada pela visita ao blog. Volte sempre.
Beijos!
Jesimom Barcellos -
PELA PRIMEIRA VEZ LI TODA REPORTAGEM DE INTERNET (claro tratando de JIM MORRISON IMPOSSÍVEL NÃO LER) DESDE DA PRIMEIRA LETRA AO ÚLTIMO PONTO FINAL.
PODERIA EXPRESSAR MAIS INFORMAÇOES, MAS TUDO ALI REFLETIDO SOBRE O NOSSO JIM… TINHA ALMA E ECENCIA DE UMA ESCRITORA APAIXONADA PELO SEU TRABALHO E IDOLO.
ME SENTI DENTRO DA SUA ALMA QUE TAMBÉM SE SENTI VAZIA SEM O NOSSO IDOLO DE INSPIRACÃO! QUE MESMO COM TODO SEU LEGADO AINDA NOS DEIXA UM VAZIO A SER PREENCHIDO CHAMADO SAUDADES!
OBRIGADO POR ESSA NOSTALGIA MARAVILHOSA QUE ME FEZ VOLTAR AO TUNEL DO TEMPO QUE JAMAIS DEIXAREI ESQUECIDO NO PASSADO… POIS SÃO PESSOAS COMO VOCÊ QUE RESGADA NOSSA ECENCIA NUM MUNDO ONDE AS PESSOAS ESTÃO CADA VEZ MAIS VAZIAS COM AS ATUALIZAÇÕES SEM RAIZES! OBRIGADO POR MESMO POR ME FAZER REVIVER NOVAMENTE A ESSA ÉPOCA DE GRANDE NOMES COMO ERA DE THE DOORS, JIMI HENDRIX, LED, ,JANIS, ETC…
UM FORTE ABRAÇO NO CORAÇÃO E UM BEIJO NA SUA GRANDE ALMA QUE ME TROUXE ALEGRIA NESSA MANHA SOMBRIA… Do seu mais um novo amigo
Jesimom Barcellos (morrison)
e se caso tiveres interesse em conhecer seu mais novo fã
aqui vai meu Facebook Je big friends. Sou de Santa Maria-RS cidade da tragédia da boate Kiss (péssima recordação onde todos carregamos essa tristeza no coração)
Beijo no coração e BOM DIA!
Talita Bortolussi -
Caramba Jesimom! Que bacana ler esse comentário. Fico extremamente feliz que tenha gostado do texto, que tenha lido todinho e que tenha te feito sentir coisas boas e recordações lindas do nosso ídolo. Jim foi, é e sempre será uma grande inspiração para todos que admiram seu trabalho. Obrigada por visitar o blog. Volte mais vezes.
Beijos, Talita
Mauricio Casaes -
Amei!!
Marliete F Duarte -
Amei sua sensibilidade para falar de um ícone que está sempre presente nos nossos corações. Parabéns por ter ousado e escrito um texto suave e nostálgico. Top
Talita Bortolussi -
Marliete. Muito obrigada pelas palavras carinhosas! Fico muito feliz em ler isso. Obrigada por ter lido e gostado tanto.
Volte sempre ao blog. =)
Beijos!
Leo de Pádua -
Olá, Talita!
Estou bastante tocado com seu texto sobre o Jim Morrison!
Vc conseguiu expressar, de certa forma, tudo que penso sobre ele!
Eu vou contar um pouco sobre minha história como fã do Jim.
Tudo começou, quando um amigo meu, um conhecedor de rock, me disse do nada: Vc se parece com o vocalista do “The Doors”, sabia?
Eu, apesar de ter uma aparência que faz com que todos pensem que sou roqueiro, nunca fui roqueiro de fato, tanto que quando ele me falou isso, eu nem liguei o que ele me disse à imagem do Jim.
Mas fui pesquisar de quem se tratava e quando vi, me senti lisonjeado por alguém me comparar com o Jim Morrison!
Mas naquela época, eu não conhecia praticamente nada da história do Jim, então, eu fiquei contente, simplesmente pelo fato de me acharem parecido com um cara super boa pinta como o Jim, haha…
Com o tempo, minha curiosidade foi despertada, fui fazer pesquisas sobre o Jim, comecei a ouvir às músicas e hj, sou um fã incondicional do Jim e das músicas do “The Doors”!
As músicas são pura poesia… Desde o arranjo, passando pela letra até a interpretação do Jim… Me identifico com o que essas canções têm a dizer…
E o Jim se tornou meu ídolo!
Algumas pessoas já demonstraram certa preocupação por eu ter o Jim como ídolo, exatamente, por, ao meu ver, haver uma certa falta de análise de quem foi o Jim por completo… As pessoas costumam torcer o nariz por só conhecerem esse lado dele de estar envolvido em confusões e em vícios… Mas se as pessoas forem parar para analisar e passarem a enxergar tudo que há por trás dessas atitudes, tudo que ele foi além dessas atitudes, elas, certamente, irão entender o pq de ele ser meu ídolo…
Eu leio muito sobre ele e fico muito feliz de ler o seu texto, pois nele há tudo que eu digo para as pessoas quando tento explicar o pq de ele ser meu ídolo…
Eu sofro de depressão e isso tbm foi motivo para que as pessoas se preocupassem, pois achavam que o Jim poderia me influenciar negativamente… Mas o que acontece é justamente o contrário!
Conhecer o Jim não me faz querer ser um alcoólatra, me drogar ou fazer confusões por aí… O Jim tem sido um herói para mim e tem sido um acalanto para as minhas angústias… Através de sua música, sua poesia e sua sensibilidade… Como havia sensibilidade nesse cara, eu enxergo isso! Os vícios e os problemas com a lei são apenas um recorte da vida deste grande ser humano e ele não deve ser julgado por esses fatos… Eu tenho certeza que ele não fazia nada disso em busca de status… Ele fazia pq era uma maneira de ele buscar a si próprio, a liberdade dele e tbm pq a realidade, na maioria das vezes, é cruel demais e o que nos resta, é tentar encontrar nossas válvulas de escape para seguirmos em frente… Infelizmente, as suas válvulas de escape foram esses… A sua arte, que hj me inspira e me acolhe, apesar de magnífica, não foi o suficiente para que ele não tivesse que passar pelo que passou… E é muito difícil lidar com a sensibilidade e com a intensidade, e essas características, ele tinha de sobra… Se o intuito dele era, através da arte dele, encontrar sua liberdade, eu espero que ele tenha, de certa forma, conseguido em outro plano… E se ele era capaz de imaginar que a arte dele poderia servir de acalanto para inúmeras pessoas que passam pelas mais diversas angústias, ele deve estar feliz, pq pelo menos, um fã, ele, mesmo não estando mais entre nós, está conseguindo acalentar com sua inteligência e sensibilidade e esse fã, sou eu! Só posso falar de mim, mas tenho certeza que muitas outras pessoas tbm são “salvas pelo Jim”!
O Jim era um ser humano muito especial e fascinante… Eu consigo ver isso e fico muito feliz de encontrar pessoas que conseguem ver isso tbm…
Me perdoe pelo comentário, que ficou enorme, mas eu precisava dividir o que eu sinto com quem tbm é fã do Jim! E VIVA JIM MORRISON!
Otto Flávio -
Talita, fiquei bastante tocado com a paixão e a devoção pelo poeta Jim Morrison, o que prova que os grandes mitos da arte (seja música, cinema, pintura, dança, etc) são perenes ao tempo e capazes de encantar novas gerações. Sobre o filme do Jim, que vc confessa não ter coragem de assistir, deve ser o The Doors, do Oliver Stone, certo? Pois, conselho de amigo, não perca seu tempo assistindo-o….eu o assisti na época, é muito superficial, Oliver Stone reduz o cantor/compositor a um porralouca inconsequente quase que ‘full time’, envolvido em barracos, agredindo a pobre Pamela quase que gratuitamente, dá a impressão de que o Morrison estava sempre doidão e não media conseqüências no que fazia. Se fosse o Francis Coppola, seu colega da UCLA, o diretor, talvez o resultado tivesse sido outro. E bem melhor.
Se quiser conversar mais sobre o nosso querido Morrison, estamos aí. Mesma bat-hora, mesmo bat-blog. Parabéns! 🙂
Talita Bortolussi -
Olá Otto. Que bacana ler esse comentário. Fico sempre muito feliz em saber que tantas outras pessoas possuem esse encantamento e admiração por nosso Jim, assim como eu. Valeu a dica sobre o filme e depois disso, vou pensar se assisto ou não. hehehe.
Obrigada pelas palavras e volte sempre que puder. Sempre tem muita coisa bacana por aqui.
Beijos, Talita